É impressionante... impressionante como a felicidade pode ser escassa. Como a ingenuidade pode levar a caminhos obscuros e como nos esmagam por dentro pessoas que cada vez julgamos mais não ser nada para nós. Mas são um nada que magoa. São uma nada que destrói.
Odeio. Odeio tudo isto. Cada vez quero mais estar longe daqui. Ainda que haja algo que me prenda a este lugar, algo que não compreendo porque isto é tudo tão cruel, eu quero sair daqui. Quero desaparecer daqui. Quero ser livre destas pessoas, quero ser livre desta negatividade, deste pessimismo, desta falta de amor.
Estou farta de gritos de odio que me fazem chorar, estou farta de faltas de respeito que me fazem estoirar, estou farta de ressentimentos que nunca irão passar. esrtou farta de me sentir deslocada daqui. estou farta, simplesmente isto, farta.
sexta-feira, novembro 18, 2011
quinta-feira, novembro 17, 2011
Pensar ...
O que separa as minhas memórias do meu coração, não é mais do que uma negação do pensamento. Se não pensar, as memórias não existem. Se não pensar as memórias não passam de caixas de sapatos com fotografias antigas em tons de melancolia, rebuçados de felicidade embrulhados em gargalhadas, bilhetes de cinema inebriados em fantasia, músicas enfeitiçantes, sorrisos calorosos agrafados a situações indescritíveis. Se eu não pensar as memórias não passam de cartas que tu me escrevias, onde as tuas palavras me faziam chorar e me enchiam o coração. Se não pensar a tua existência torna-se nula. Se não pensar, não irei ceder à tentação de processar sentimentos tentado arranjar explicações lógicas para o irracional. Se eu não pensar, eu não existo, e se eu não existir eu não penso em ti.
domingo, novembro 13, 2011
E se eu for um sonho... ?
E se eu for um sonho? E se eu for um simples e mero sonho que alguém teve numa noite mais confusa? E se eu não passar da fantasia de alguém? E se eu viver a realidade de outrem, mesmo não sendo verdadeiramente alguém?...
E se, e se, e se… E se o mundo fosse fantasia, ele talvez fosse perfeito. Mas o que é perfeito, não é bom! Não ensina. Não magoa para ensinar. Não ensina a sofrer para depois ensinar a parar de chorar.
Chorar… Porque será que cada vez que o coração sente algo que não é em vão, se chora mesmo por vezes querendo que não? Choro assim quando caio na calçada, quando corro desalmada e acabo por tropeçar nos meus próprios pés… Contudo, mesmo caída no meio da estrada, parecendo desamparada e envergonhada, chega, sorrateiramente, quem nós, lá no fundo, eternamente esperávamos. A voz amiga que faz com que a vergonha passe, que faz com que eu olhe outra vez para o céu, e pense que vale a pena viver mais um dia. Nem que seja mais um dia na minha fantasia, na minha imperfeita, mas autêntica, realidade….
sábado, novembro 12, 2011
Citações
"Por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir. De resto, ninguém suporta viver um amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver esperança. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz. Um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."
Miguel Esteves Cardoso
segunda-feira, novembro 07, 2011
Inverno pouco solarengo
Um novo dia começou. Não me sinto revitalizada mas sinto-me melhor do que ontem e esperemos que pior que amanha. A reabilitação começou. Iniciou-se uma nova fase. Começaram os dias frios, os meus favoritos em tempos, aquela brisa que cortava a respiração, os casacos e camisolões que me consolam juntamente com um galão bem quente pela manha e o final da tarde. Aqueles dias em que, logo pelo inicio da manha tu me abraçavas, me acolhias carinhosamente dentro do teu casaco enquanto eu punha os meus braços à tua volta e jurava não te largar. Aqueles dias em que tu, mesmo sabendo o resultado, ficavas super chateado quando te ia dar um beijo na cara com o meu nariz gelado. Aqueles dias em que tu seguravas nas minhas mãos calorosamente, e ficavas a olhar-me nos olhos . . . trocávamos pensamentos. Tínhamos longas conversas em que bastava olharmos um para o outros, longas conversas, as melhores, em que não tínhamos que dizer uma única palavra para nos entendermos. Eu costumava gostar de dias frios, terrivelmente frios, mas hoje em dia o frio tornou-se insuportável por aguçar a minha saudade de ti.
quarta-feira, novembro 02, 2011
Aprisionamentos
Sinto-me a sufocar entre estas quatro paredes, sinto-me fora de mim. Há imensa gente à minha volta, é uma multidão imensa, e estas quatro paredes são tão imensamente pequenas. Gosto de ser eu comigo mesma, gosto de estar cheia de mim. Mas eu mão consigo ser eu se tiver que ser livre de mim.
Estas pessoas não me conhecem, estas pessoas não sabem quem sou mas estão constantemente no meu caminho, aprisionando-me, tornando os dias dificeis de suportar e fazendo com que eu me encha de ódio, de raiva... Fico com pensamentos absurdos dentro de mim.
Eu juro que me sinto presa, juro que a sensação de me estarem a prender os braços com a maior força possível, impedindo-me de mexer, é real. O sofrimento é real. Eu sinto as amarras em mim, apertando os meus braços contra o meu corpo. Os olhos começam a flamejar e começam a encher-se de rios de revolta, mas também de cansaço. Porque é que eu não me sinto em casa, estando em casa? Eu não pertenço aqui. O mais ínfimo vestígio de felicidade, de contentamento, de bem-estar, é aniquilado pela atitude destas pessoas. Matam-me o espírito e só me sinto bem fora daqui.
De repente a minha casa torna-se tudo o resto. Torna-se o mundo envolvente. E nesta minha casa, existem quartos mais obscuros. São quartos obscuros de liberdade. Mas são uma liberdade dependente. Eu entro nestes quartos e torna-se difícil sair, porque o bem estar, a alucinação, a felicidade e despreocupação são sensações difíceis de deixar. Torno-me então dependente delas. Eu não quero sair daqui. Aqui tudo parece mais fácil, aliás, não parece, é. Porque aqui não me sinto aprisionada aos pensamentos cruéis que eles infligem em mim. Aqui deixo a minha mente solta e sou quem eu quero ser. Aqui os meus pensamentos não são absurdos, nem a minha felicidade demasiada. Aqui o mundo é pintado em tons de azul, lá é tão escuro e reprimido que não se vêem cores.
Estas pessoas não me conhecem, estas pessoas não sabem quem sou mas estão constantemente no meu caminho, aprisionando-me, tornando os dias dificeis de suportar e fazendo com que eu me encha de ódio, de raiva... Fico com pensamentos absurdos dentro de mim.
Eu juro que me sinto presa, juro que a sensação de me estarem a prender os braços com a maior força possível, impedindo-me de mexer, é real. O sofrimento é real. Eu sinto as amarras em mim, apertando os meus braços contra o meu corpo. Os olhos começam a flamejar e começam a encher-se de rios de revolta, mas também de cansaço. Porque é que eu não me sinto em casa, estando em casa? Eu não pertenço aqui. O mais ínfimo vestígio de felicidade, de contentamento, de bem-estar, é aniquilado pela atitude destas pessoas. Matam-me o espírito e só me sinto bem fora daqui.
De repente a minha casa torna-se tudo o resto. Torna-se o mundo envolvente. E nesta minha casa, existem quartos mais obscuros. São quartos obscuros de liberdade. Mas são uma liberdade dependente. Eu entro nestes quartos e torna-se difícil sair, porque o bem estar, a alucinação, a felicidade e despreocupação são sensações difíceis de deixar. Torno-me então dependente delas. Eu não quero sair daqui. Aqui tudo parece mais fácil, aliás, não parece, é. Porque aqui não me sinto aprisionada aos pensamentos cruéis que eles infligem em mim. Aqui deixo a minha mente solta e sou quem eu quero ser. Aqui os meus pensamentos não são absurdos, nem a minha felicidade demasiada. Aqui o mundo é pintado em tons de azul, lá é tão escuro e reprimido que não se vêem cores.
Subscrever:
Mensagens (Atom)