O maior problema dos homens que já tiveram muitas mulheres, é amá-las a todas. É o não saber esquecê-las que os atormenta. Porque sejamos sinceros, uma mulher será sempre inesquecível. Existe uma ternura, um carinho maternal que encanta todos os homens, que os leva a cometer as maiores loucuras. O problema dos homens talvez não seja o amar de menos, mas talvez o amar demais. É esse demais que nos magoa, a nós mulheres, e eventualmente a eles, já que lhes causa alguma solidão e descontentamento após muitos momentos de fervor, de uma ansiedade de prazer imensa, de uma sede pelo corpo apelativo de uma mulher.
Mas como os pudemos censurar? O mundo feminino tem algo fascinante, algo hipnotizaste, algo que faz com que a mulher pareça uma dádiva divina mesmo quando apenas pretende ser resultado dum acaso mortal. A mulher, não importa o seu tamanho e feitio, porque em todas as suas formas ela fascinará sempre um homem. Quer seja pela forma como os seus olhos conduzem discretamente os movimentos dos seus pares, ou a quase inconsciente sedução do seu corpo: a sua face, o seu pescoço, toda aquela distância até os seus seios que nos faz suspirar, a curvatura do seu corpo até à proeminência enfeitiçante das suas ancas, e as suas pernas... como o sublime vislumbre das pernas de uma mulher causam desejo. Até a forma, caricata e menina, como desvia o cabelo da sua face é sedutora.
Provavelmente o corpo feminino é a obra de arte mais magnifica. Não pretendendo menosprezar o real valor do homem, nada disso. Mas uma mulher sorri educadamente às adversidades, uma mulher interrompe o seu pranto de choro envolto em magoa por se deixar atropelar pelo seu instinto de protectora. Uma mulher ama um homem mesmo sabendo que este já foi amado por outras mulheres e as deixou. Uma mulher ama um homem, ama-o mais do que qualquer outra coisa na vida, porque amar é o único e verdadeiro sinónimo de viver, mesmo sabendo que ele nunca deixará de amar todas as outras mulheres. R.S.