domingo, abril 15, 2012

Deixa-me

Deixa-me ! Deixa-me ceder aos vícios deste submundo e dar vida ao meu corpo entorpecido. Estou vazia, por isso deixa-me dar-lhe alegria. Deixa que eu saia deste meu corpo que não passa de um recipiente para a minha alma. Mas a minha alma trancende-me. Sou mais do que esta prisão me deixa ser. A minha mente flutua, viaja, sonha... percorre caminhos que as minhas pernas não. O meu corpo permanece imóvel e eu não sinto nada. Deixa-me ceder aos vícios desta vida porque eu tenho necessidade de sentir. Os meus sentidos adormeceram... não sinto dor, não sinto amor, não sinto magoa nem sequer rancor. Eu simplesmente não sinto.

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